Tua respiração provoca meu pulmão
[ instantes sem ar]
mãos em par
e ímpar em suas pegadas
boca chuviscando beijos nas costas
enquanto escuto
línguas ousadas.
Via que tinha nas mãos a mensagem a entregar, e quando lhes disse que o papel estava em branco, riram-se de mim. E ainda não sei se riram porque todos os papéis estão em branco, ou porque todas as mensagens se advinham.
Fernando Pessoa
Texto retirado do blog: A arte de amar
Fernando Pessoa
Texto retirado do blog: A arte de amar